Andréa Góes

É no amor próprio que a alma encontra a felicidade

Todos os dias quando acordo,
Faço um acordo tácito comigo:
“Você me dá a alma que eu te dou o abrigo.”
Pacto silencioso, em que assino ambas as partes
Tem cláusulas de cuidado extremo
E padrão íntimo de qualidade.
Contrato discreto, em que eu prometo não ser imprudente,
Fica proibido aceitar migalhas, rasgar o tempo
O chamado da vida urge, o tesouro da vida é urgente.
Tratado mudo, em que eu prometo sempre que me mudo
Para um lugar de conforto interno
Me dou sorrisos, flores e razões, que chegam sem aviso prévio.
Compromisso velado, em que constantemente eu renovo as esperanças
A alma deseja a felicidade,
A idade sabe que é no amor próprio que ela avança.

Andréa Góes