A vida exige muito da gente. E a pior parte é que, às vezes, temos o hábito de deixar os pesos negativos se sobreporem aos positivos. Uma falha cruel e que nos torna desonestos com nós mesmos e com aqueles que nos cercam.
É desnecessário trazer para o presente e reviver erros que não acrescentam nada além de tristeza e dor. Ninguém acerta o tempo todo. Ninguém passa por essa vida sem pisar na bola pelo menos uma vez. Ninguém está isento de ferir e também de ser ferido.
Não é justo permitir que mágoas passadas sejam o ponto de partida para suas decisões atuais. Ressentimentos existem para serem descontruídos, perdoados. Não perdoar pela pessoa que te fez sofrer, mas sim por você, pela sua paz, pela sua estabilidade emocional, pela sua saúde mental.
Eu já perdi o controle deixando que a dor vivida em outros tempos fosse capaz de retornar com força total e afetar minhas relações novamente.
Uma tortura duplamente angustiante. Um passeio em meio às lágrimas amargas, em que fiz questão de segurar na mão da pessoa e pular de cabeça sem nenhuma necessidade naquele passado escuro e sem volta.
Erros são apenas lições. Um espelho para que a gente observe e perceba o que vale ou não a pena possuir espaço em nossas atitudes, em nossas vidas. Querer que as pessoas ou até que nós mesmos sejamos perfeitos é estupidez. Imaginar que após uma falha, a pessoa, provavelmente, não erre novamente é tolice.
Durante o correr da vida ainda haverá muitos erros, muitas lágrimas, muitas mágoas, muita dor. E para tudo isso deve, também, haver muita compaixão, muito perdão.
A vida me ensinou que enquanto a quantidade de coisas boas que uma pessoa me proporciona for maior do que as dores que já me causou, então é sinal que devo insistir nela. O tempo passa, a vida evolui, a gente amadurece. Viver é um ciclo constante de altos e baixos e a gente aprende que, se apegar a dor, nos torna doentes.