Dois caminhos, uma ponte
O horizonte turvo aponta
Que escolhemos pontos distintos da mesma reta
Seu instinto não nega, me nega
Seu destino diz sempre que não
Nessa travessia eu insisto
Invisto na busca por um elo
Qualquer coisa, um lampejo
Nesse duelo de apelos
Me rebelo, rogo pra que o seu desejo ceda
Mas é sempre cedo pra você voltar atrás
Me atrai a sua dureza
Também já fui bloco de concreto,
Já fui parede de certeza
Essas cartas na mesa eu já conheço bem,
Aprendi a jogar, e a me jogar
Sua negativa só me instiga, faz com que eu não esmoreça
Não me amordasse, não tape a nossa relação
Mas tape sempre os buracos
Cobrindo sempre os nossos vãos
Que vão sendo abrigo, de alguma forma
Mesmo quando eu brigo, sem data ou hora…
Imploro, não me conformo
Confirmo o que você quiser…
Conforme o plano, ainda há tanto
Amor para mendigar
Pra que acabar agora?
Andréa Góes