As vezes me pergunto se sou generosa ou trouxa, mesmo. É tanta ingratidão que encontro pelo caminho, confesso que dá vontade de surtar, jogar tudo pro alto, me fechar em uma bolha e viver só por mim.
Mas isso seria fraqueza da minha parte. E será que os ingratos não são os fracos que se renderam a tal comportamento? Definitivamente, não sou como eles.
Eu sou gentil por mim, sempre que for possível, justo e de minha vontade. Se não me custa, por que não ajudar? E digo isso em diversos aspetos. Quanto pior a pessoa for, mais ela necessita de auxílio, porque ela não sabe o quanto perde em ser errada. Mas eu sei.
Sei, inclusive, que minha missão é ser correta, do bem, oferecer meus dons à quem quer que seja, independente de reconhecimento. Tem gente que, na minha opinião, não merece. Mas quem sou eu para julgar? Serei gentil com esses também, pois são os que mais precisam.
Não me importa o caminho e as escolhas dos outros. Atitudes alheias só fazem mal se escolher sofrer por elas. Em vez disso, penso que quem erra é quem tem problema. Se me oferecem algo que não esteja de acordo com o que eu julgo merecer, eu simplesmente não aceito como meu.
E a vida segue. Eu continuo sendo gentil porque essa sou eu e os outros continuam sendo idiotas porque, talvez, seja o melhor que possam fazer.
Mallu Navarro