A tua culpa vem em ondas
Por onde andas, não importa o que faças
Estás sempre errada,
Teu remo nunca te leva a nada
Além da autotortura.
Não importa a altura do que alcanças
Não importa se é espada ou lança que enfrentas
Teu rumo nunca é de paz
Estás sempre aquém, sempre atrás
De todo o teu potencial.
Teu prêmio é cobrança letal
Que ensina a sempre querer mais,
Ganhando cada vez menos.
Teu mar interno está inundado de críticas,
Afundam qualquer possibilidade de saída
Sempre buscando o erro na embarcação
Sempre buscando embarcar no erro da autoflagelação.
Teu prumo sempre aponta pra culpa
Teu prêmio sempre se perde na curva
De quem tu és.
Andréa Góes